E o blog esta de volta! Aguarde novas crônicas!!!
quarta-feira, 27 de julho de 2016
terça-feira, 3 de junho de 2014
Vizinhos 2 - quase famosos!
Quem acompanha
o blog lembra que já escrevi sobre a falta de respeito da vizinhança. Aqui!Aqui! E
não é que o assunto continua na moda? Não que eu queira, e acredite, não quero
nem um pouco. Acontece que por culpa de um mercado imobiliário volátil como
esse do nosso país, as figurinhas se modificam na pessoa física e nas
incomodações. A rotatividade da vizinhança é tanta, que a única bolha
imobiliária que vou conhecer é da minha própria casa. Vamos nos isolar, ensacar
o lar e tentar viver em paz.
E a renovação
dos adjacentes se mostra cada vez mais interessante. Devo confessar que está
ficando bem curioso. Começo a pensar em um estudo antropológico sobre o
assunto. Outro dia mesmo, ganhamos nova companhia na fronteira. O novo vizinho
tem nos propiciado momentos hilários. O cara faz a linha easy rider, só que um hells
angels um pouquinho passado na idade. Sem preconceito, só constatação. Com uma
moto maior que ele, se acha selvagem, aventureiro. Tem desfilado pela rua com
aquela roupa preta de motoqueiro de globo da morte de circo do interior. Calor
de 40 graus e o boy magia todo mascarado, enfiado no couro, capacete reluzente
e botas inacreditavelmente pesadas e cravejadas de taxinhas prateadas.
Praticamente um integrante da banda Kiss. De moto. E sem maquiagem. Eu acho...
Até aí tudo
bem. Engraçado. Figura esquisita para minha mente burguesa, classe média,
vidinha normal, rotininha mansa, carro popular indo pra lá e prá cá. Só que
não. A graça de ser o Dennis Hopper tupiniquim é acelerar. Fazer barulho. Qual
a emoção se o acelerador for de uma mobilete capenga? Tem que ser algo parecido
com uma Harley Davidson!! Sim, você pensou certo. O motoqueiro fantasma daqui
do meu lado, não tem a icônica máquina. E também não pergunte qual é a dele, porque
daí é demais. Tititi e bisbilhotice têm limites. Bem, pelo menos pra mim. Só
sei que é um liquidificador amplificado no grau máximo! Insuportável!
E moto entra
na garagem, moto sai da garagem. O vizinho aposentado, avô de dois netos, todos
os dias sai para uma volta pelo deserto da Califórina, na rota 66, com a trilha
de Jimi Hendrix ao fundo. Isso penso eu, fofoqueiramente olhando a cena da janela.
Daí minha imaginação cinematográfica rapidamente é interrompida por um grito!
Caraca! O Peter Fonda caiu na nossa frente, dentro da própria casa e com a moto
desligada!!!! O que? A pessoa ao sair se embretou entre sua moto e o portão.
Simples assim. Besta desse jeito. E gritou para sua esposa salvá-lo, porque não
conseguia se mexer! Ele não sofreu nada. Também, nem poderia né... Mas eu
fiquei profundamente frustrada com o protagonista do filme que rodava na minha
cabeça. O cara nem para fazer onda serve. Didi Mocó total!
E o Bob Marley
do outro lado da minha casa? Perguntam meus leitores. Esse continua na paz e
amor! Casou com uma versão loira de Rita Lee com Janis Joplin, e só love, só love!
Rola uma nova edição do Woodstock logo ali, mas não incomoda ninguém. Até o
cachorro é zen! Preciso ainda combater o cheirinho de mato queimado que vem de
lá de vez em quando, mas o que não faz um bom incenso, bem forte de canela ou
alecrim, não é? Vivemos e convivemos muito bem com a comunidade hippie que ele
criou.
O
porém, e sempre tem um porém, é que se eles são chatos, perturbam a ordem do
bairro ou desrespeitam a comunidade, eu resolvi fazer um momento limonada! Se
eles enchem o meu saco, eu me divirto! Meu copo será de metade de água, e não
quase vazio. Bolha? Nem no pé. Não vou eu me mudar para o meio do mato, se o
povo não sabe conviver. Não vou mesmo. E com o pensamento de que o errado é ser
normal, entrei na vibe, botei reparo na tribo de moradores-nômades e descobri
que Hollywood é logo aqui, bem ao lado da minha porta! E com o entretenimento
garantido estamos todos só na pipoca e tranquilidade! Chorar? Só se for de rir!
terça-feira, 27 de maio de 2014
Miau
Outro dia rezei para virar uma vaca,
o animal, é claro, e agora acho que estou me transformando mesmo é num gato. Ou
os céus não me ouviram direito ou não me expressei com clareza. Pensando bem,
pode ser um castigo divino também. O fato é que o tamanho da minha preguiça
justifica minha nova condição: um felino.
Toda trabalhada na preguiça não posso
mais nem ouvir pessoas reclamando de nada. Gente que tá gozando de boa saúde,
que tem duas pernas e espantem-se (!!!) dois braços, esbravejando e vociferando
contra o mundo me dá muito sono atualmente.
Preguiça do povo mal humorado também.
Carranca, cara feia, cara fechada, e qualquer outro sinônimo, pra mim é fome!
Vá se alimentar, camarada! Adoro sorriso de gente que leva a vida na leveza e paz.
Eu falei paz, não flauta, tá? Essas pessoas mal humoradas brigam muito, implicam
muito e nunca pedem desculpas, porque sempre se acham certos. Aliás, também
tenho preguiça de quem sempre é dono da razão. Vou te contar uma coisa: a razão
não tem dono. Que tal crescer e mudar de ideia? Respeitar a opinião do outro? Que
maravilha é o mundo em que podemos mudar nosso posicionamento. E acredite isso
é possível. Me parece que se chama amadurecer.
Preguiça de gente que tem o wifi no
negativo e tudo, eu disse tudo, acontece com elas! De chuva no sertão nordestino
a calorão na Sibéria! Cansei do pessimismo, da energia ruim e dos vodus! Sai fora nuvenzinha negra!
Também estou com muita preguiça de
gente preconceituosa, que ainda não aceita as minorias, sejam elas quais forem.
Não somos superiores a ninguém. Ser diferente é que é normal. E graças a Deus não somos iguais! Cá prá nós, tem pessoas que se fossem duplicadas o mundo não suportaria. Preguiça de falta de respeito. Falta de
cidadania. Falta de civilidade e de educação.
Preguiça tremenda de abrir o
jornal e ler notícias sobre escândalos políticos, propinas, desemprego,
inflação e alta do dólar! Que país é esse santo renato russo? Vamos ou não
aprender a votar? Esse é o ano, hein!
Preguiça, preguiça. Muita preguiça de
alguns verbos também: aparentar, ter, julgar, gastar, aparecer, exibir,
excluir, nossa são tantos. Não to aguentando mais adaptar minha conversa em
grupos que incrivelmente falam nossa língua, mas o assunto deve ser de outro
planeta! Quase posso apostar!!
Preguiça de gente que não reconhece
que a amizade é sempre de mão dupla. Entregar-se, estar disponível, ser amável,
solidário e solícito é um exercício permanente dos que são amigos. O resto é
egoísmo.
E tem mais: essa crônica tá me dando
muita preguiça também! Com licença que a Bela vai dormir. E atenção, se esse
mundo não melhorar, não me acorde! Nos vemos na próxima encarnação! E tenho
dito!
terça-feira, 13 de maio de 2014
Gol contra
Trinta dias da Copa do Mundo no
Brasil e sinto crescer em mim um grande constrangimento. Nada a ver com
futebol, porque se é uma coisa que não entendo e gosto muito pouco, é esse
esporte. Para falar a verdade, me serve de sonífero natural. Tenho um time do
coração, acho bacana que ele ganhe, mas não sei um só nome de jogador e muito
menos sei a quantas ele anda no campeonato nacional, se é que ele anda. Ou
melhor, joga. Mas, como boa patriota, gritar um gol verde e amarelo é bem
legal! Encher a casa de amigos em dia de jogo da seleção é animação total! Isso
eu adoro! Já declarei que sou do social, sempre! O meu mal estar é imaginar os
gringos que virão para a Copa se deparar com o festejado jeitinho brasileiro.
Tem me
irritado muito a falta de civilidade, respeito ao próximo, cidadania e vergonha
na cara disfarçados de astúcia. Já tem alguns anos que temos cultivado o poder
de passar a perna nos outros, de achar que temos jogo de cintura, que podemos sair
de qualquer situação e nos darmos bem. O fim justificando o meio. E esse meio é
bem complicado, constrangedor. Vai de roubar as doações de uma campanha social
ou uma simples reserva de restaurante. Jeitinho é na verdade falta de honestidade.
Tá beirando marginalidade.
Outro dia
mesmo, um grupo de compatriotas roubou meu nome e na maior cara de pau pegou
minha mesa de jantar. A hostess perguntou se era a reserva da fulana. No
caso, eu. E eles disseram que sim e por uma infeliz coincidência, tinham o
mesmo número de amigos que eu. Moral da história: se passaram por mim, pegaram
minha mesa e meu grupo teve de esperar mais de quinze minutos!! Por quê? Pra
que? Para mostrarem que são espertos? Foram inteligentes? Não, foram no mínimo
muito mal educados.
Quem sabe
deixamos de ser esse país que ama o jeitinho? Qual a vantagem de passar recibo
de malandragem ou falsos espertos? Vamos pular essa parte? Dar um passo à
frente ou um degrau acima? Temos feito de tudo para sair ganhando, à custa dos
outros, ludibriando e estampando um sorriso cínico com cara de sonsos. É feio
ser assim. É feio não podermos transmitir confiança a nosso vizinho. É horrível
estacionar seu carro na vaga de idosos ou de deficientes, mesmo com a desculpa
de ser rapidinho. Rapidinho é o rosto vermelho que você vai ficar se seu filho
te perguntar o porquê deste gesto! Agora explica, vai!
As pessoas
nunca pensam nos exemplos? Temos o dever de melhorar como pessoas e como nação,
então, nem se fala! Me preocupa a educação das crianças. Nós reverberamos estes
maus hábitos sem parar. E assim vamos garantindo pelo menos mais uma geração
de gersinhos! Precisamos dar um basta nestas posturas, nos despirmos das
práticas ditas espertas. Muitas vezes nossa conduta é imoral, somos tratantes flertando com a
safadeza. Quantas vezes eu vi a placa de proibido ser ignorada! Mas aí vêm as
famosas gauchadas, baianadas, goianadas e por aí vai. Dando nome e sobrenome ao
modus operandi. Oficializando o incorreto. Pois o meu modus vivendi não aguenta mais!
Imagina
quanto será a proporção de estrangeiros enganados e iludidos nesta Copa. Ontem
mesmo já li sobre denúncias de fraude na venda de ingressos. Que vergonha! Não estou nem
um pouco preocupada com a situação dos transportes, da mobilidade, dos estádios
e suas estruturas. Na hora da festa, do gol, da união e dos hinos nacionais,
ninguém vai lembrar se a descarga dos banheiros não funciona ou se não tem
metrô na cidade. O que dá medo é pensar na propaganda negativa sobre o caráter
do nosso povo. E pior ainda, com toda a razão.
terça-feira, 6 de maio de 2014
Noite de mãe
Não sou boêmia,
mas às vezes minha noite de mãe é animada como noitada. Se não fosse o fato de
não ter música, povo e bebidinhas, eu diria que é praticamente uma balada.
Balada abalada da mãe solitária. Difícil dormir cedo. Às vezes é até difícil
dormir! É um tal de deita e levanta que facilmente poderia ser uma modalidade
de academia. Pena os glúteos e as coxas não terem percebido essa série de três
ou quatro e continuarem em queda brusca...
E começa a
madrugada, noite escura e silenciosa. Você ainda está naquele estágio do sono
em que é a Cleópatra. Cheia de súditos construindo uma imensa pirâmide, que ao
invés de ser o mausoléu dos mortos será um suntuoso palácio só para você. Banho
de leite de rosas, bajulação e riqueza! Um banquete daqueles de lamber os
beiços. Sem figos, por favor, odeio figos. O sonho está perfeito! Um dia no
Egito! Aí o Martin Luther King Jr, de pijamas cor de rosa, carinha amassada, cabelos
louros descabelados e os olhinhos praticamente fechados, bate no seu ombro com
aquele velho discurso.
Como na
escadaria do Memorial Lincoln diz: Mamãe, I have a dream, quer dizer, eu tive
um sonho!! Eu também filhinha, eu também!! Inclusive, eu estava num. No mesmo
segundo meu Egito se esvai! Acaba, puff! Aí a pirâmide desmorona de vez e a
noite também! Cadê meu banquete? Meu banho especial? E assim, rápido como um
cometa, do rio Nilo direto para o meio do quarto às quatro da matina (sem
trocadilhos com Martina!). E a realidade se reestabelece!
Levanto a
primeira vez acompanhando a criança até sua cama. Tapo, acomodo, beijinho e boa
noite. Pra quem? Talvez pro vizinho que mantém a casa em silêncio absoluto e
sepulcral. Porque pra mim é que não é, a noite está só começando. Volto para a
cama para imediatamente receber a visita de uma pessoinha muito apertada para
ir ao banheiro e precisando companhia – materna, é claro. Vamos ao banheiro,
espero aquele xixizinho de dois pinguinhos, que na verdade foi só mais um
motivo para ver se a mammy não fugiu naquele intervalo de tempo. Vai que, não
é? Posso ter me desmaterializado ou, melhor ainda, me teletransportado para uma
praia no Caribe. É sempre bom conferir se as mães realmente estão dormindo de
madrugada! Fica a dica.
E continua a
jornada noite adentro. Mais uma despedida longa e demorada. Mais uns três ursinhos
na cama, lotação quase esgotada de tantos bichinhos de pelúcia. Sede. Água. E
bora tentar dormir. Ouço mais um chamado. Dessa vez diz respeito ao clima.
Preciso ir até o quarto da criatura para ligar o ar condicionado. Ao deitar,
enfim, abro a porta da esperança e penso terem se esgotado todos os pedidos,
quando de novo ouço passinhos.
Jesus, Maria,
José! Dai-me a paciência de um monge tibetano pelamodedeus!! Silenciosa,
parecendo uma gatinha sorrateira, minha doce notívaga, madrugadora e baladeira aparece
só para me dar um beijinho e tocar meu rosto com sua mãozinha. Pronto, esqueço
todo o sono, todo o cansaço do dia anterior e de que um dia fui Cleópatra! Sou
tomada por todo amor do mundo! Aquele gesto no meio da madrugada faz tudo valer
a pena! Agradeço! Agora só quero protegê-la e abraçá-la até dormir sentindo-se
a criança mais segura e amada do planeta.
Profundamente
apaixonada por minha cria e com medo de um novo sonho ruim, acomodo meu anjinho
no meio de minha cama. Ficamos de mãos dadas até adormecermos. Momento gostoso
de puro carinho e aconchego. Apertado? ÔÔÔ! Agora, no máximo o sonho será
dentro de um ônibus lotado na hora do rush lá nos tempo de faculdade, atrasada
e mal estudada para uma prova!! E assim, grudadinhas, terminamos a noite como
numa sauna seca. Calor, suor e felicidade!
Não existe
amor maior! Feliz Dia das Mães!
terça-feira, 29 de abril de 2014
E se Ele não quiser... eu quero!
Um
assunto delicado esse de crer, de ter fé, força e foco. Isso de pensamento
positivo então já rendeu até livro best seller e filme. O segredo. E era um
segredo tão bem guardado, que pelo que me parece à taxa de milionários
continuou a mesma. Também não foi muito eficiente aos líderes europeus, nem ao
Obama, dado a última crise econômica que fedeu lá e cheirou aqui. Se bem que,
analisando friamente, a autora da tal obra, sem dúvida, está gozando de boa sorte.
E da nossa cara também.
Bacana
ter postura positiva diante da vida. Otimismo. Acho legal mesmo. Até defendo
isso! Mas o tema que quero dividir, e que me irritou profundamente no meu
período reflexivo-sumida, é sobre creditar o futuro da humanidade no poder divino
dos céus. Nem vou entrar na seara religiosa. Cada um na sua. Mas juro que me dá
nos nervos num grau de potência máxima, sentar e esperar que Deus, ou seja lá a
força que existe no andar de cima, descortine nosso fim.
Pode
ser através de Buda, Alan Kardec ou até da Pomba Gira, mas você acredita mesmo
que o destino nos está desenhado como num joguinho infantil de tabuleiro? Essa
é a cena: está lá Jesus Cristo acompanhado de todos os santos ou com os deuses
do Olimpo. Sentados com os dados nas mãos, atirando e rolando nossas vidas!
Ande duas casas para frente! Agora, pule uma casa para trás! Para trás? Pronto!
Aqui é que entram as pessoas para justificarem nossas derrotas e fracassos.
Inclusive a boa desculpa para não ir em busca de qualquer coisa. Principalmente
dos sonhos.
Vamos
pensar juntos. Será que tem que ser assim mesmo? Você está aí querendo muito
que uma coisa importante aconteça e nada. Simplesmente não acontece. Tem sempre
alguém para te dizer, que não é a hora! Deus não quis! Vai se abrir uma janela,
uma porta ou uma basculante. Virá coisa melhor. São tantas as frases para te
consolar usando o supremo, a força do além, que dá para competir com a bíblia! Salve
aleluia, salve! Há quem garanta que você se livrou de uma roubada. Afinal, Deus
sabe o que faz.
Mas ninguém te
questiona o que você realmente fez para conquistar. Muito menos o quanto você
quer aquilo, com todas as suas forças. Não tem que ser assim? Identificar seu
objeto de desejo e agarrá-lo com unhas e dentes? Eu penso que buscar a realização
é muito mais do que esperar os dados rolarem ao seu favor! É levantar a bunda
do sofá e esgotar todas, eu disse todas, as possibilidades e alternativas. Não
sei ser diferente. Sou obstinada mesmo. E estou quase odiando a máxima do “não
era para ser”.
Eu sou dona da
minha vida e vontades, sou eu quem sabe quando é a hora do que quero. Minha fé
é na força do ser humano e de sua capacidade. Meu foco é nos meus objetivos. Não
aceito esperar ganhar o jogo predestinado a mim, nem a desculpa dos
conformados. Não quero ouvir mantras do que tiver de ser, será. Geraldo Vandré
cantava em plena ditadura militar brasileira: quem sabe faz a hora, não espera
acontecer!! Proponho deixarmos este discurso acomodado de lado e corrermos
muito, com toda a pressa que a vida passa e conquistarmos o mundo. Ou pelo
menos parte dele. Caso contrário, volte ao ponto de partida e perca uma rodada.
E seja o que Deus quiser!
terça-feira, 22 de abril de 2014
Eu voltei
Eu voltei! Eu
voltei agora pra ficar, porque aqui, aqui é o meu lugar! Quanta inspiração
recomeçar meu blog com o Rei! Cafona, mas inspirada! Demorei mas estou de volta!
Minhas férias foram longas, maiores que as da minha filha ainda em idade escolar.
E olha que ela parou dois meses. É que eu precisava organizar muitas coisas
para estar aqui. Organização interna. Mental.
A virada do
ano para mim significa bem mais que trocar a folhinha. Isso é muito simples.
Tranquilo. Trivial de mais. Bobo até. Pessoas complicadas que tem a mente
inquieta, como é meu caso, diga-se de passagem, precisam de certo drama para
manusear o calendário. Trocar dezembro por janeiro é um símbolo de tanta coisa
na minha cabeça, que precisa de tempo. Precisa reflexão. Preparo, amparo muitas
vezes e por fim, reparo. De vida, de atitude e de conduta.
Primeiro de
tudo, acontece o balanço. Revisão. Check list. Tudo é revisto tim tim por tim
tim. Todos os pingos nos is! Fiz o curso que queria? Sim. Malhei sem faltar à
academia? Mais ou menos. Aprendi a fazer risoto de camarão com laranja? Não!
Definitivamente, não aprendi e é bom nem lembrar as pobres cobaias das
tentativas! Aí vêm os assuntos mais sérios aqueles que realmente eu me importo,
que perco o sono. Melhorei como pessoa? Naquela situação xis meu comportamento
foi o mais adequado? Meu discurso está coerente? Estou educando direito?
Se eu perdesse
só o sono daria um jeito com uma boa metade de dormonid perdido na minha gaveta
de cabeceira. Tiro e queda. Com ênfase na queda! O problema é perder a paz! E o
maior problema ainda é tirar a paz... dos outros. Meu marido compartilha seeeeempre
de meus pensamentos. Espontaneamente? Claro que não, porque eu gosto de
azucrinar. Na alegria e na tristeza, lembram? No caso, triste é a situação
dele, sem escolha.
O fato é que
sem opção, sem alternativa e sem demagogia, e principalmente, sem mentiras, a
cada ano preciso avançar. Um passo, um degrau, seja o que for, necessito não
cometer os mesmos erros e as mesmas burradas do ano que passou. Burradas?
Claro! Sou humana e posso errar. Aliás, não é isso que nos difere dos animais?
A permissão do erro com a desculpa de sermos racionais? Errar é humano foi o
que nos ensinaram e por conta disso, deitamos e rolamos! Pobre da bicharada. E
pobre de nós. Mas um pequeno passo para mim sempre será um grande passo para a
humanidade. Acho que ouvi isto em algum lugar... Pois bem, se serei uma pessoa
melhor no Ano Novo, quem ganha são meus pares e adeus Ano Velho!
Primeira parte
do martírio está pronta! Analisei, revi, acertei, vibrei e me culpei. Ao final
tracei novas táticas de guerra para atingir meus novos objetivos. Então com a
segunda etapa em desenvolvimento parti para o novo. O que quero aprender? Onde
quero chegar? Como vou fazer? Quando começo? E por aí foi. Mais alguns dias só
preparando planos. Trabalho na base da cenoura. Ou seja, o jumentinho que vive
em mim tá sempre em busca da cenourinha lá na frente. Se é certo ser assim? Não
sei, não sei mesmo. Para mim funciona este sistema um pouquinho neurótico, um
pouquinho obsessivo de ir atrás do que quero, pretendo e desejo.
Tenho certeza
que meus leitores agora compreendem minha demora em retomar meu espaço. Me
perdi no calendário, só isso. Minha noite de Reveillon só demora um pouquinho
mais que a sua. Mas aviso a todos que estou de volta, estou focada e que o ano
promete! E passado todo este tempo de organização pessoal, finalmente, querido
blog aqui me tens de regresso! Comecei com o Rei e termino com Nelson
Gonçalves. Se é para ser cafona...to nessa! Tamo junto!!
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